Cuidar da vida financeira de uma igreja é uma grande responsabilidade para a pessoa encarregada desta missão, no caso o tesoureiro. As instituições religiosas precisam ter transparência e organização da gestão dos seus recursos financeiros, até mesmo por estar lidando com valores que devem ser investidos na obra de Deus. Neste artigo vou te dar 6 dicas para deixar a tesouraria da igreja mais organizada, o que certamente irá evitar surpresas desagradáveis no momento da sua prestação de contas.
O que é um ser um tesoureiro?
O tesoureiro é a pessoa encarregada de cuidar das contas de igreja, bem como sua arrecadação. Ele também é o responsável pela elaboração de planejamento de ações que visam a captação de recursos e organização de documentos financeiros.
Ele também é a pessoa quem faz o planejamento de custos e investimentos, seja ele em bens, nas melhorias do templo, em evangelismo, missões, ação social, etc. Além disso o tesoureiro é a ponta entre a igreja e o contador da instituição religiosa.
As vezes temos a ideia de que para ser tesoureiro da igreja, é preciso ser um contador, administrador ou advogado, mas a verdade é que qualquer membro pode ser tesoureiro e é recomendável que esta pessoa goze do prestígio dos irmãos e tenha a plena confiança da liderança, já que toda a vida financeira da igreja estará em suas mãos.
Ser tesoureiro de uma igreja requer muita dedicação e exige muito comprometimento, uma vez que não é uma das tarefas mais simples desempenhar essa função com maestria.
Agora que você sabe o que é ser um tesoureiro, vou te mostrar as dicas para deixar a tesouraria da igreja cada vez mais organizada.
1 – Mantenha tudo organizado
Manter todas as contas da igreja bem organizadas é fundamental para que elas não caiam no esquecimento e consequentemente cause um descontrole financeiro. É importante que o tesoureiro estabeleça uma data para fechamento das movimentações mensais e também que tenha um dia fixo para pagamento dos funcionários, quando houver.
É recomendável que o tesoureiro tenha conhecimento de todas as dívidas que a igreja possua e que tenha um planejamento orçamentário para que nada seja pago fora do prazo.
A organização das contas traz muitos benefícios não somente para a igreja, mas também para a vida financeira dela.
2 – Use somente a conta da igreja
Em igrejas pequenas, é muito comum que o dinheiro da congregação esteja em contas bancárias em nome do pastor ou tesoureiro, até mesmo porque em muitos casos as congregações não possuem CNPJ e com isso não podem ter uma conta jurídica onde esteja concentrado os recursos arrecadados.
Mas isso é um erro, pois se tiver o mínimo de descuido, o responsável pela conta em algum momento poderá misturar o seu dinheiro com o da igreja e acabar fazendo uso indevido de um recurso ao qual não lhe pertence e assim comprometer o orçamento da congregação.
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Por isso é importante que a igreja tenha um CPNJ para que possam utilizar a sua conta bancária jurídica e evitar que os seus recursos fiquem nas mesmas contas de seus líderes.
3 – Não assuma compromissos que não possa cumprir
Essa é uma regra básica para qualquer pessoa ou instituição quando se fala em administração financeira. A igreja não pode e não deve assumir compromissos que não possa cumprir, por isso é muito importante que se faça um plano orçamentário, que conheça todas as dívidas que a congregação possua para que não venha assumir nada que não possa pagar.
Quando as pessoas pensam em abrir uma empresa, uma das primeiras coisas a se fazer é um planejamento orçamentário, para saber onde pode cortar despesas desnecessárias e como poderá investir em outras áreas. Com a igreja é do mesmo jeito, é preciso cortar despesas supérfluas e ter recursos para investimentos em ações sociais, evangelismo, missões, etc.
4 – Não trabalhe sozinho
O tesoureiro da igreja normalmente é uma pessoa que tem outras ocupações além de ser o responsável pela vida financeira da congregação e pode acontecer deste irmão ficar sobrecarregado com o trabalho que a tesouraria lhe exige. Por isso é importante que este setor da igreja não seja destinado somente a uma pessoa, mas se possível, que tenha uma equipe trabalhando juntos.
Em igrejas maiores é até comum que isso ocorra, pois o volume de trabalho, aumenta de acordo o porte da instituição religiosa, ainda mais quando tem várias congregações e o financeiro está localizado em um único lugar.
Então, busque formar uma equipe financeira, além da comissão de análise de contas, assim não terá ninguém sobrecarregado a probabilidade de se ter mais eficiência na gestão dos recursos aumenta gradativamente.
5 – Tenha um contador
Muitas igrejas ainda estão funcionando de forma irregular com a ausência até mesmo de CNPJ, que é um dos documentos básicos para regularização da mesma.
Embora gozem de imunidade tributária, as igrejas possuem muitas obrigações legais e a falta de cumprimento delas tem resultado no aumento da fiscalização das instituições religiosas.
Mas será que as igrejas precisam de um contador? Ainda que pequena, a resposta é sim. Como falei anteriormente, as instituições religiosas precisam ser exemplos para seus membros e comunidade.
Busque a ajuda de um contador, não somente para regularização da sua congregação junto aos órgãos governamentais, mas também para que auxilie o tesoureiro da igreja na gestão dos recursos, sempre atuando dentro da legalidade.
6 – Use um sistema de gestão
Usar um sistema de gestão traz muitos benefícios para a tesouraria de sua igreja, pois assim terá maior controle das entradas e saídas, terá relatórios gerenciais onde fará projeções de receitas mais realistas, o que certamente ajuda na tomada de decisão quando precisar fazer algum investimento, seja na melhoria do templo, compra de imóveis para igreja, investimentos em missões, evangelismo, etc.
Gerir os recursos financeiros da igreja de forma eficaz, evita que a mesma tenha problemas financeiros, contábeis e até mesmo jurídicos e um sistema de gestão de igrejas é um excelente aliado neste processo.
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